nov 27, 2016

Fernando Pessoa, o Poeta Astrólogo

Veja também a versão em vídeo dessa história. 

O envolvimento do poeta Fernando Pessoa com a Astrologia partiu do melhor ponto possível: da descrença, da dúvida.

Geminianos costumam aprender melhor como autodidatas, porque o ritmo de aprendizagem é diferente. Fernando Pessoa era um geminiano e aprendeu astrologia sozinho. Justamente porque duvidava, para testar. Testou com ele mesmo, testou com astrólogos e testou com os mapas de figuras históricas.   E se você também quiser testar, Fernando Pessoa nasceu  em 13/06/1888, às 15:20, em Lisboa-Portugal.

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Com Ascendente em Escorpião, Lua em leão e com muitos planetas em Gêmeos, além do seu próprio Sol,  ele vestiu a camisa do seu signo e foi ser um pouco de tudo na vida.

Com essa convenção planetária na Casa 8, incluindo Plutão, regente do Mapa, ele queria descobrir o que estava oculto, pesquisar, e depois pegar seu Mercúrio na Casa 9 e escrever. E ateé fazer disso sua carreira, sua imagem pública. Porque a Lua, a dona da Casa 9, está no Meio do Céu, pra todo mundo ver.  Ou ler.

A duplicidade, que é um destino geminiano, também influenciou sua educação, que foi quase integralmente feita em inglês, seu segundo idioma.

Ele foi muitos. Desde pequeno. Com seis anos de idade, surgiu Chevalier de Pas, seu primeiríssimo heterônimo.

Fernando Pessoa trabalhou como jornalista, tradutor, crítico literário, editor, publicitário e até  ativista político, por um tempo.

E em 1915, Fernando Pessoa inventou o astrólogo Raphael Baldaya, trabalhando com consultas que variavam de 500 a cinco mil réis.

Mas quem conhece Fernando Pessoa sabe que ele inventou mais gente também. E cada “perfil fake”, cada estilo poético tinha seu próprio autor, os heterônimos, e pra cada heterônimos ele criou um Mapa Astral com diferenças marcantes e coerentes com a poesia q faziam. E cada um com Ascendente em um dos quatro elementos.

Ricardo Reis era um virginiano de Ascendente em Aquário, do ar. Com Mercúrio na 8, culto, monarquista, não se conduzia pela emoção.

Alberto Caeiro era um órfão, criado  no campo por uma tia, por isso uma poesia simples e bucólica.  Um “guardador de rebanhos”.

Álvaro de Campos, conhecido pelo pessimismo e intimismo, tinha Ascendente em Capricórnio.

No Livro “Mensagem”, Fernando Pessoa publicou o poema MAR PORTUGUÊS, aquela com a famosa passagem “tudo vale a pena se a alma não é pequena.” MAR PORTUGUÊS narra as Descobertas Portuguesas em um conjunto de 12 poemas, correspondentes aos 12 signos.

Aqui você encontra o texto completo com a explicação da simbologia astrológica de cada poema.

http://www.associacaoportuguesadeastrologia.com/sites/default/files/-%20a_astrologia_em_fernando_pessoa.pdf

Fernando Pessoa disse que “Cada um de nós é dois, e quando duas pessoas se encontram é raro que as quatro possam estar de acordo.” Super geminiano….

Fica uma lição geminiana nessa historia. Dois é pouco. Até três é pouco.  Você que é muito geminiano (sol, ascendente ou signo dominante) e se culpa por ter múltiplos interesses, por achar que não tem UM foco, saiba que a ideia é essa mesmo. Ser tudo ao mesmo tempo. Esse é o cansativo, mas divertido, destino de gêmeos.

E fica também a gratidão ao poeta e a todos os seus muitos eus pelo amor, estudo e respeito a Astrologia.

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